10.12.12

Procès de la légionellose à Béthune !

C’est cet après-midi que s’ouvre au tribunal correctionnel de Béthune le procès de l’épidémie de légionellose. En 2004, 83 personnes sont tombées malades et 14 ont perdu la vie après avoir inhalé une bactérie émise par une usine de l’entreprise Noroxo près de Lens. Aujourd’hui, les familles des victimes réclament la condamnation de la société et de son ancien dirigeant. Le reportage de Lola Maraninchi et Samuel Duhamel.

 
Procès de la légionellose à Béthune

7.12.12

Rui Barbosa, o humanismo em atos

Por Samuel Duhamel

Um cidadão europeu do século XXI tem pelo menos 1001 razões para não ler a obra de Rui Barbosa. Ela data de mais de 100 anos e aparece, em primeiro lugar, como ultrapassada e sem mais liame com o mundo contemporâneo. Além disso, é escrita num português incrivelmente complicado e, sejamos francos, se a vida é curta demais para aprender o alemão, ela não dá tempo para mergulhar no trabalho erudito de um jurista nascido quando Louis-Napoléon Bonaparte era presidente da França.
Mas, enfim, a vida nos reserva surpresas. De vez em quando boas. Em 2009, o acaso - ou, mais precisamente, a indicação do jornalista Claudio Leal - me levou a uma visita à Fundação Casa de Rui Barbosa, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. O meu amigo, suficientemente perverso para me indicar duas semanas depois uma peça do diretor Zé Celso - leitor ocidental em curta estada no Brasil, evite de qualquer maneira possível assistir a um espetáculo dele. Se tiver a obrigação moral de ir, traga um travesseiro confortável, não esqueça de apertar o cinto das tuas calças e verifique o estado da sua braguilha. Dicas imperdíveis.

A casa colonial de Rui, convertida num museu frequentado hoje por centenas de pessoas a cada dia, é um milagre para os olhos. Quase nada foi modificado. Sente-se no coração do século XIX. As grandes peças austeras nos levam às noites frias do inverno em que Rui escrevia os seus discursos à luz das velas. O que se destaca no edifício é a imensa biblioteca do antigo jornalista. Ela abriga mais de 37.000 livros que, de acordo com a lenda, foram todos lidos por Rui. Quando eu disse ao guia que era impossível ler tantos livros numa vida só, pelo simples fato de que Rui viveu menos de 37.000 dias, ele respondeu com a convicção dos que nunca duvidam: "Leu sim!" Eu estava convencido.




Visitar um museu desse sem comprar um livro do autor em questão é uma falta de gosto, claro. Decidi assim me oferecer a Antologia de Rui Barbosa, que apresentava a vantagem de vulgarizar os pensamentos de Rui... em somente 112 páginas. De volta ao Hexágono, comecei a leitura. Cento e doze páginas, quase 7 meses de sofrimento cotidiano.
Me explico: após um ano passado na Bahia em 2004 e duas estadas de quase um mês em 2006 e 2011 no Brasil, considero o meu nível na língua de Camões como bom, até muito bom.
Mas falar o português sem dificuldade não basta para entrar no universo do Rui. O cara é capaz de tudo, inclusive às vezes do pior. Página 12: "Deus, que fizestes estas montanhas, o globo que as aguenta, esses mundos que nos cercam, esses céus que nos envolvem, que esparzis as estrelas do firmamento e as flores da terra, que resplandeces na santidade dos justos, e trovejais na consciência dos maus, que semeais na inocência das crianças, e colheis na experiência dos velhos, derramai a vossa misericórdia sobre esta casa, sobre aqueles que a povoam no trabalho, sobre este enxame de esperanças, que aqui continuamente se renovam, sobre essa vergôntea pequenina de minha alma, que aqui fica entregue aos vossos apóstolos, mas ainda mais sobre os que hoje os deixam, galardoados com os primeiros graus do saber, para se afrontar com outras lidas."
Não acredito em Deus. Hoje, entendo por quê.

O meu amigo Claudio, que é polido, apesar da perversidade, me disse um dia, surpreso do meu interesse súbito por Rui: "Cuidado! Ele escreve num português bem empolado!" Eufemismo... agressivo. Rui, que eu chamava secretamente "Ruim" durante as minhas noites de desespero total (ou seja, a partir da pagina 13), escreve tão bem que ultrapassa a nossa tolerância à dor intelectual. Ou seja, ler Rui é um sofrimento total, integral, contínuo e sem fim.
Mas, graças a ele, me dei conta que por vezes é preciso sofrer. Pois a riqueza no vocabulário de Rui, no final, só é a prova da nossa incúria. Muitas vezes, quando fazia a tradução das palavras portuguesas que não conhecia, obtinha palavras francesas que... não conhecia também, não.

De "espadachim" até "valetudinário" sem esquecer "sicário""vesânia","sicofantismo" ou "pasquinada"... Passei quase tanto no dicionário que no livro propriamente dito. Mas, no final, Rui consegue o impossível: sublevar as nossas almas. Escreve coisas complexas sobre temáticas complexas, mas logra no final de cada capítulo dar-nos calafrios.

Sobre a pátria: "A pátria não é ninguém, são todos, e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade."
Sobre a liberdade: "Vós os que vos tendes entregado às artes, às letras, às ciências, não esqueçais que de todas elas, a mãe é a liberdade."
Sobre a paz: "A paz!! Não a vejo. Não há, como não pode existir, senão uma, é que assenta na lei, na punição dos crimes, na responsabilidade dos culpados, na guarda rigorosa das instituições livres. Outra espécie de paz, não é senão a paz de servidão, a paz indigna e aviltante dos países oprimidos, a paz abjeta que a nossa índole, o nosso regime essencialmente repelem, a paz que humilha todos os homens honestos, a paz que nenhuma criatura humana pode tolerar sem abaixar a cabeça envergonhada."
Além de um grande poeta, Rui foi também um grande orador. Rei na arte da improvisação, escrevia também discursos profundamente comoventes que tocavam o cérebro e o coração.
A homenagem pública que ele fez na sede da Academia Brasileira de letras, ao sair o féretro de Machado de Assis em 1908, é a prova incontestável. Numa mistura de doçura, dignidade e sinceridade máxima, consegue um elogio que fica nas memórias um século depois: "O homem que quero celebrar aqui, não é o clássico da língua, não é o mestre da frase, não é o árbitro das letras, não é o filósofo do romance, não é o mágico do conto, não é o joalheiro do verso, o exemplar do rival entre os contemporâneos, da elegância e da graça, do aticismo e da singeleza no conceber e no dizer; é o que soube viver intensamente da arte, sem deixar de ser bom."

Mas Rui não se considerava como um artista. Antes de tudo, ele era um simples mais ardente patriota. Consagrou a sua vida ao seu estado natal, a Bahia, ao seu pais, o Brasil, e a uma certa ideia do humanismo. Deputado, senador, ministro, candidato à presidência da Républica, ele sempre defendeu as suas convicções com uma abnegação infinita. Nos seus maiores combates, os do Abolicionismo, da promoção contínua dos direitos individuais e da paz internacional, brilhou pela capacidade de convencer os céticos e os pessimistas. A claridade dos seus pensamentos e a força da sua inteligência - “a mais poderosa máquina cerebral” do país, como escrevia Joaquim Nabuco no livro “Minha formaçao” - lhe deram uma estatura internacional. Coautor da Constituição da Primeira República (1889-1930) com Prudente de Morais, ele foi também delegado do Brasil na conferência da paz na Holanda em 1907, onde ganhou o apelido de “Águia de Haia”, graças nomeadamente ao sucesso da sua teoria vanguardista de “igualdade das nações.”
Germanófilo, anglófilo, hispanófilo e francófilo, ganhou várias distinções fora do seu país, tal como, por exemplo, as insígnias de Grande oficial da Legião de Honra das mãos de Paul Claudel em 1918.
Cento e doze paginas, quase 7 meses de sofrimento cotidiano... A hora de fechar pela última vez a Antologia de Rui Barbosa, estou aliviado e satisfeito. Aliviado, pois, até que enfim, vou poder voltar às leituras mais superficiais e comestíveis. E satisfeito porque lendo este pequenino livro, sei que entrei nas entranhas de um dos paises mais apaixonantes do mundo contemporâneo, pela profundeza da sua história, pela inteligência do seu povo e pela diversidade das suas paisagens. Profundeza, inteligência, diversidade. Ler Rui Barbosa, o poeta do século XIX, é compreender as riquezas do Brasil do século XXI.

30.11.12

Origine France garantie : le label made in hexagone !

« Origine France garantie », c’est le nom d'un label créé il y a un an et qui a pour mission de promouvoir les produits qui ont été conçus dans l'hexagone. 
Et souvent ces produits sont de marque étrangère… d’où une confusion dans la tête des consommateurs. 
Hier, l’entreprise américaine Häagen-Dazs a reçu le label car les glaces de cette marque sont produites en France, à Arras, dans le Pas-de-Calais.
Reportage Emmanuel Michel et Samuel Duhamel.


Origine France garantie : le label made in...

12.11.12

A côté de Bollaert : le Louvre !

C’est un déménagement impressionnant ! 950 œuvres d’art sont actuellement transférées du Louvre-Paris au… Louvre-Lens. Dans un peu plus d’un mois, l’antenne du musée le plus visité au monde ouvrira ses portes au public dans le Pas-de-Calais. Un événement pour les habitants de l’ancienne cité minière, davantage habitués à la ferveur de leur stade de football qu’au silence studieux des musées. Reportage de Samuel Duhamel.

 

11.10.12

Indemnisés parce qu'angoissés !

Obtenir une indemnité devant un tribunal parce qu’on est angoissé… C’est possible depuis quelques années en France.
De plus en plus de salariés attaquent leurs entreprises par ce qu’ils ont peur de tomber malades du fait de la dangerosité de leur travail.

Ils se disent victimes du préjudice d’anxiété.

C’est le cas de Jean-Claude. Cet ancien ouvrier des chantiers navals et 12 de ses anciens collègues ont vu leurs dossiers être examinés hier par le conseil des prud’hommes de Dunkerque.

Didier Thuilot et Samuel Duhamel nous en disent plus.


Indemnisés parce qu'angoissé !

3.10.12

Vieux-Lille : la prostitution en débat

Ils dénoncent une prostitution trop visible et trop agressive.
Une quinzaine de restaurateurs du Vieux-Lille ont signé une pétition pour témoigner de leur ras-le-bol. Des jeunes femmes se prostituent en effet juste devant leurs commerces.
A Lille, la prostitution existe depuis longtemps mais depuis quelques semaines, les péripatéticiennes étrangères sont plus nombreuses à y vendre leurs corps.
Emmanuel Michel et Samuel Duhamel ont mené l’enquête.


Vieux-Lille_la prostitution en débat

4.9.12

Première rentrée pour les bouts de choux lillois !

C'est le jour J pour 12,12 millions d'élèves qui reprennent, mardi matin, le chemin de l'école. Reportage à l'école Saint-Pierre à Lille avec des petits qui effectuent leur toute première rentrée. Et la séparation entre les parents et les enfants est toujours difficile... Reportage de Thierry Maurer et Samuel Duhamel.


Première rentrée pour les bouts de choux lillois !

3.9.12

Xavier, élève puis enseignant dans le même lycée !

Près de 850 000 enseignants ont regagné le chemin de leur établissement après presque deux mois de vacances mérités. Parmi eux, des petits nouveaux : ce sont les "professeurs stagiaires" qui effectuent leur première rentrée. C'est le cas de Xavier à Calais. Son histoire n'est pas banale : après avoir étudié dans le lycée Pierre-de-Coubertin, il y retourne pour... enseigner ! 


Xavier, élève puis enseignant dans le même lycée !

1.9.12

De Melo qualifie le Losc en Ligue des champions !

Mercredi soir, le Losc s'est qualifié pour la phase de poules de la prestigieuse Ligue des Champions en dominant le Football Club de Copenhague deux buts à zéro (après prolongations). Deux buts indispensables et suffisants pour l'équipe de Rudi Garcia, défaite un but à zéro au match aller au Danemark. Lucas Digne a ouvert le score juste avant la mi-temps pour le Losc avant que le Brésilien Tulio De Melo marque le but de la délivrance à la 105e minute.

















Crédit : Reuters

Déclarations d'après-match :


Ariel Jacobs, entraîneur du FC Copenhague :"En football professionnel, ce qui compte, c'est le résultat, la réalité des chiffres. Le tournant du match, c'est peut-être l'occasion de Santin ratée à la 6e minute. Il y aussi ce but lillois juste avant la mi-temps qui nous fait très mal. La majorité des dangers pour le Losc est provenue des phases arrêtées. De Melo a fait mal. Lille a eu beaucoup d'occasions avec notamment 90% de centres. Nous voulions nous qualifier au moins pour la Ligue Europa, nous avons atteint notre objectif même si, après le score du match aller, nous avons forcément des regrets. Je pense que si on avait marqué un but, nous nous serions qualifiés. Ca n'a pas été le cas mais je ne peux pas en vouloir à mes joueurs."

Rudi Garcia, entraîneur du Losc :"J'avais rêvé de ce match. Nous n'avons été submergés par la pression. J'ai dit aux garçons en entame de causerie qu'on faisait ce métier là pour vivre ces moments là. On a été sur le fil du rasoir sur les contres danois. En se rééquilibrant défensivement en deuxième période, on a été plus solides mais moins dangereux. On a ensuite beaucoup tenté dans les prolongations et ça a fini par payer. Je suis très heureux. Je suis très content pour le président, le public a été magnifique et demain nous sommes au tirage ! C'est merveilleux de jouer la LDC pour la deuxième fois consécutive. Les joueurs ont été grands, je suis vraiment content pour eux. On s'est concentrés sur ce qu'on sait bien faire : jouer. Mes joueurs sont très fatigués et dimanche il y a Paris, j'espère que la qualif va leur permettre de mieux récupérer. Tout le groupe a joué son rôle. Les joueurs ont été très matures, sur l'approche mentale, on a des capacités. On va aller manger ensemble ce soir, il y a de l'euphorie mais bon il ne faut pas oublier ce qu'il va se passer dimanche. Je pense que notre passage en LDC l'année dernière nous a fait du bien et nous a permis de nous qualifier ce soir. Copenhague était un adversaire redoutable. C'est une équipe complète et ça réhausse notre qualification. Je n'ai pas envie de parler de l'avenir. Roux et De Melo s'entendent très bien en dehors du terrain et sur le terrain aussi. On avait besoin de Tulio devant et derrière mais je savais aussi que Nolan pouvait faire la différence sur sa fraîcheur. Ce deuxième but est un beau symbole. Lucas qui marque, c'est aussi un symbole. C'est l'avenir du Losc."

NDSD : Le tirage au sort de la Ligue des Champions réalisé jeudi soir a placé le Losc dans le groupe F en compagnie du Bayern Munich, du FC Valenc et du Bate Borisov.

28.8.12

Brad et Angelina au Touquet !

Quand on est journaliste, il y a des reportages que l'on choisit. D'autres que l'on ne choisit pas. Celui-ci appartient à la deuxième catégorie...

Samuel Duhamel


Brad et Angelina au Touquet !

11.8.12

Sur la côte picarde, voyagez dans le temps !


C'est un bon plan vacances si vous êtes sur la côte picarde.
Depuis quarante ans, des passionnés font tourner de vieilles locomotives à vapeur entre Le Crotoy et Cayeux. Plus de 150 000 touristes en profitent chaque année pour découvrir les paysages de la baie de Somme... sans se douter que pour faire rouler ces machines parfois centenaires, il faut énormément de boulot.
Reportage de Samuel Duhamel.


Sur la côte picarde, voyagez dans le temps !

9.7.12

Océane, le prénom de l'excellence


20,71 sur 20. Vous avez bien lu : 20,71 sur 20. C'est la moyenne exceptionnelle obtenue par Océane Evrard au bac cette année. Ce résultat incroyable est tout simplement le meilleur de tous les temps en France métropolitaine (un Réunionnais Julien Cravero ayant obtenu 20,92 en 2009). De quoi avoir la grosse tête ? Ce n'est pas du tout le genre de la jeune femme ! Océane, c'est la classe ! Reportage Samuel Duhamel.


Océane, le prénom de l'excellence par Samuquita

Avec le père Aless, le vrai changement, c'est maintenant !


On passe à la politique maintenant avec un candidat aux législatives pas vraiment comme les autres.

Le père Aless est le patron de la dite Eglise de la très sainte consommation.
Il se présente dans la 1ere circonscription du Nord avec un programme iconoclaste : plus d’argent pour les riches, moins pour les pauvres et des 4*4 pour tout le monde.

17.5.12

Petits propriétaires : de plus en plus nombreux dans la galère

C’est un phénomène en hausse constante depuis quelques années : les contentieux locatifs. De plus en plus de petits propriétaires rencontrent des difficultés pour se faire payer par leurs locataires et saisissent donc la justice pour récupérer leurs dus. Résultat : beaucoup de découragement chez les bailleurs dont le nombre a tendance à stagner depuis une dizaine d’années. Samuel Duhamel nous en dit plus.

 
Petits propriétaires : de plus en plus nombreux... par Samuquita

14.5.12

La location de voitures entre voisins fait le buzz !

Unevoitureàlouer.com, voiturelib.com, cityzencar.com... Si vous ne voulez pas vous ruiner en achetant une voiture, des sites Internet vous proposent de louer les véhicules de vos voisins.
C'est le cas du site s’appelle Buzzcar !
Simple, pratique et écologique, il compte plus de 5 000 adhérents aujourd’hui, un nombre en constante augmentation…
Emmanuel Michel et Samuel Duhamel nous en disent plus.


La location de voitures entre voisins fait le...

11.5.12

Les vols de pigeons s'envolent

C’est un phénomène qui fait le malheur de bien des colombophiles en ce moment dans le Nord de la France : la rapine de pigeons voyageurs. De plus en plus de volatiles sont dérobés à la petite semelle par des amateurs sans scrupule qui les revendent ensuite à prix coûtant. Car les prix des pigeons de compétition flambent depuis quelques années. Certains se vendent aujourd’hui plusieurs centaines de milliers d’euros. Samuel Duhamel nous en dit plus.

 
Les vols de pigeons s'envolent

La fibromyalgie, un mal méconnu mais répandu

Connaissez-vous la fibromyalgie ? C’est une maladie très invalidante qui touche environ deux millions de personnes dans l’hexagone, soit un Français sur trente. Elle se caractérise par des douleurs musculaires continues qui empoisonnent la vie des patients. En cette journée mondiale de lutte contre la fibromyalgie, nous avons suivi Maryse Labbé atteinte par cette maladie depuis six ans. Reportage à Haubourdin, près de Lille, Samuel Duhamel.

 

18.4.12

Sarkozy em direção à porta de saída


Cinco anos depois da sua brilhante vitória no segundo turno da eleição presidencial francesa (53% contra 47% da sua oponente socialista Ségolène Royal), Nicolas Sarkozy deve, sem surpresa, deixar o poder no dia 6 de maio. Uma saída vergonhosa para este político esperto que queria mudar completamente a França. Num sentido, conseguiu o objetivo: mudou coisas sim, mas muitas vezes foi para pior.


Todos os analistas sérios dizem: o balanço de Sarkozy é catastrófico. Em 2007, foi eleito para reduzir o desemprego, diminuir a dívida pública e eliminar a insegurança. Cinco anos mais tarde, o número de desempregados aumentou em um milhão (a taxa nunca foi tão alta nestes últimos 15 anos: um a cada seis franceses está inscrito no Pôle Emploi, a rede das pessoas em busca de emprego), a dívida é 500 bilhões de euros mais alta e a violência continuou a subir.



Para justificar estes fracassos, o presidente conservador explica que a França foi vítima da "pior crise econômica desde 1929". Ele provavelmente tem razão. Mas, apesar deste contexto macambúzio, os vizinhos belgas e alemães possuem a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 20 anos. Os franceses não entendem estas diferenças enormes e são 70% (um recorde) a pensar que o balanço de Sarkozy é "negativo" ou "muito negativo".



Porém, se é tão odiado hoje (64% dos franceses dizem "não gostar dele", mais um triste recorde para um presidente em exercício), é também por causa do estilo dele. Aqui, Sarkozy é chamado de "bling-bling", uma expressão familiar para criticar seu comportamento ostensivamente endinheirado. Para comemorar a vitória em 2007, ele convidou uns 40 amigos – quase todos milionários – para um jantar no Fouquet's, um restaurante chique de Paris, enquanto milhares de pessoas o aguardavam no lado de fora. Isso foi considerado pelos apoiadores como uma privatização da vitória. No dia seguinte, ele pegou emprestado o iate de um amigo para passar três dias de folga no Mar Mediterrâneo, embora prometesse que passaria três dias num… covento para meditar.



Aliás, duas das suas primeiras reformas foi diminuir os impostos dos mais afortunados e aumentar seu próprio salário em 172%. Numa só palavra, Sarkozy foi claramente "o presidente dos ricos", expressão muito utilizada nas mídias para qualificá-lo. A grande maioria dos franceses pobres ou da classe média querem agora que ele pague a adição.



Sarkozy foi também um presidente que dividiu o povo. Normalmente, a tarefa de um chefe de Estado é reunir todos os cidadãos, apesar das diferenças. Ele fez o contrário: muitas vezes, apontou categorias da população para criticá-las. Assim, ele ou seus ministros disseram mais ou menos expressivamente que os desempregados eram responsáveis pelo caso deles, que as pessoas doentes eram mandrionas, que os muçulmanos eram os únicos a criar problemas, que os imigrantes e os franceses de origem árabe eram numerosos demais, que os professores e os juízes trabalhavam mal, que os sindicatos não eram necessários… Críticas desajeitadas, ainda mais que apontavam cidadãos necessitados ou já marginalizados.



Não ajudam também as amizades dele com ditadores africanos ou do Oriente Médio (Kadhafi foi recebido duas vezes no Palácio do Elysée antes de ser enfrentado na guerra da Líbia, Ben Ali na Tunisia, Moubarak no Egito, Bongo no Gabão, Sassous-Nguesso no Congo, Abdallah na Arábia Saudita, Nazarbaiev no Cazaquistão, Al-Assad na Síria…) e os casos judiciais em que seu nome aparece (com destaque para o financiamento ilegal da sua campanha em 2007).



Mas o principal problema de Sarkozy na campanha se chama François Hollande, o candidato do Partido Socialista e ex-namorado de Ségolène Royal. O deputado da Corrèze tem um programa clássico de esquerda muito apreciado: aumento dos impostos dos mais ricos, criação de um banco público de investimentos, geração de 60 mil empregos na educação, diminuição da energia nuclear e promoção das energias renováveis. Apresenta-se como uma "pessoa simples e um candidato normal" em oposição ao Sarkozy que queria tornar-se "superpresidente" e gerir tudo ao mesmo tempo. Hollande é também considerado o político com senso de humor mais desenvolvido no país. Em tempo de crise e austeridade, isso conta.



No primeiro turno, no próximo domingo (22), ele e Sarkozy teriam mais ou menos o mesmo resultado, de acordo com as pesquisas de opinião (entre 24 e 30%) mas no segundo a diferença é clara (entre 42 e 47% para Sarkozy, entre 53 e 58% para Hollande). Mesmo o antigo presidente Jacques Chirac, de direita, disse que ia votar no socialista. Um cúmulo! Sejamos diretos: em alguns dias, a França deve mudar de presidente. No fundo, Sarkozy sabe disso e afirmou numa entrevista que, caso perca, encerrará a carreira política. Para muitos aqui, sua carreira durou cinco anos a mais.


Samuel Duhamel

(foto: AFP)

13.4.12

Des machines à laver... à louer !

A Lille, des étudiants ont créé un site Internet qui cartonne : lamachineduvoisin.fr
Le principe est simple : mettre en relation des propriétaires de lave-linge et des usagers lassés par les lavomatics.
Cela permet de rentabiliser à plusieurs des appareils parfois trop peu utilisés. Et au bout du compte, tout le monde s’y retrouve : les propriétaires, les utilisateurs mais aussi… la planète. Samuel Duhamel nous en dit plus.



Machines à laver à louer

16.3.12

Accident d'autocar : la Belgique en deuil.

L'émotion est immense en Belgique 48 heures après l'accident d'autocar qui a coûté la vie à 28 personnes, dont 22 enfants à Sierre en Suisse.
Dans les villes d'où sont originaires les victimes (Lommel et Heverlee en Flandre néerlandophone), le traumatisme est béant.
Et les hommages se multiplient.
Reportage de Djamel Mazi, Arnaud Etcheverry et Samuel Duhamel.


La Belgique en deuil par

6.3.12

Intempéries : blocages sur toute la ligne

Et on commence ce journal avec la nuit de galère qu’ont passée certains usagers de la SNCF dans le Nord. Les importantes chutes de neige ont provoqué la rupture de caténaires, ces câbles aériens qui permettent la circulation des trains.
Résultat : le trafic a été très perturbé et environ 3 000 passagers se sont retrouvés coincés jusque tard dans la nuit.
Récit de cette nuit galère avec Samuel Duhamel.

15.2.12

Parce que

Dans quelques semaines, environ 45 millions de Français seront appelés à désigner le nouveau Président de la République. Même si plus d’une dizaine de candidats sont sur la ligne de départ, le scrutin s’apparente peu ou prou à un référendum pour – ou contre – le chef de l’État sortant. La question est claire : faut-il, oui ou non, confier à nouveau le pouvoir au candidat UMP pour les cinq prochaines années ?
Personnellement, je ne le crois pas.
Et j’incline à penser que n’importe quel(le) citoyen(ne) animé(e) par la défense de l’intérêt général et par les principes de notre République – Liberté, Égalité, Fraternité – devraient choisir un(e) autre candidat(e).

Voici pourquoi…

Samuel Duhamel